Pessoas queridas, na noite de domingo para segunda eu tive um sonho.
Uma senhora, de uma época passada, pintava uma tela, aqui no atelier.
Ela estava sentada em um banco, e olhava a tela à sua frente, que estava apoiada em um cavalete.
De repente, ela começava a pintar, e sua pintura preenchia o silêncio, como uma música. Ela desenhava rápido, desenhos que moravam em seu coração.
Junto com ela, havia outra mulher. Elas eram minhas alunas, mas a moça pintava independente de minha aula.
Será que esta moça era eu? Será que eu precisava encontrá-la, dentro de mim?
Eu não sei, só sei que na segunda-feira olhei para este caixote, que encontrei no lixo há algum tempo, e materializei meu sonho.
Não pensei, a princípio, em fazer os desenhos.
Hoje, o sonho recordado me inspirou tanto que cheguei ao atelier e logo comecei a pintar. Foi uma necessidade, algo que eu precisava fazer, antes de qualquer outra atividade.
Estes desenhos e palavras já estavam aqui, pedindo para tomar forma.
Caixote reutilizado
Caixote – antes
Gente do céu, este caixote estava feio… Cheio de mofo e sujeira…
Deixei uns dias no sol, mas que nada… O que ele precisava era de uma boa lixada!
Tive que colocar máscara para lixar, pois o mofo é perigoso, além do pó e da sujeira.
Lixei, viu? Haja braço! rs
Utilizei lixa 60 para madeira.
Depois de lixar, pintei a parte interna com esmalte à base de água, na cor amarelo gema.
A parte externa foi escurecida com betume da judéia.
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Fiz os desenhos à mão livre, sem pensar. Como disse para vocês, eles brotaram, exatamente como no sonho. Não me preocupei em deixá-los com contornos perfeitos, porque minha intenção era que ficassem meio envelhecidos.
Depois que secaram, lixei tudo com lixa 60 para madeira.
Esta parte foi muito interessante. Os desenhos antes se destacavam, como se ficassem à frente da pintura.
Depois de lixados, eles se integraram à pintura. Era essa minha intenção.
Para finalizar, apliquei verniz acrílico fosco, com uma estopa.
Eu não imaginava, mas o verniz integrou ainda mais o desenho e a pintura. Ele deixou a peça mais envelhecida. Bingo!
Caixote transformado
Como a madeira do caixote é bem fininha, não aguentaria os parafusos e racharia.
Fixei os rodízios com fita dupla face. E fixa mesmo, viu? Uma maravilha!
Gente, estou apaixonada por meu caixote!
Pretendo colocar um vidro em cima, e transformá-lo em uma mesinha!
Eu tinha certeza que este caixote tinha potencial!
Espero que vocês gostem, e que se inspirem muito!
Quero ver todo mundo reutilizando as peças de casa! É uma atividade maravilhosa, e faz um bem danado pra gente!
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Desejo a vocês um dia maravilhoso!
Beijosssssssssssssss
Vero ♥